8 COISAS QUE SEU CÃO IDOSO GOSTARIA DE LHE DIZER

Quem convive ou já conviveu com um cachorro idoso sabe que a idade traz algumas características aos nossos amigos peludos que muitas vezes os levam a necessitar de cuidados especiais. Um cão pode ser considerado idoso entre os seus 6 a 10 anos de idade. Animais de grande porte envelhecem mais cedo, porém, o envelhecimento pode depender de inúmeros fatores além do tamanho, entre eles a genética, a alimentação, o estado de saúde e o ambiente em que vivem. A seguir trazemos 8 coisas importantes para os cachorros idosos que eles com certeza gostariam que você soubesse.

1 – Cuide da minha alimentação.
Conforme o cão envelhece, suas necessidades nutricionais mudam e sua alimentação deve mudar também. Em geral, as rações do tipo sênior costumam ser indicadas para os cães a partir dos seus 7 anos de idade. Em animais que recebem alimentação natural, também será necessário alterar a composição da dieta em torno dessa idade. Porém, em algumas situações pode ser necessário fornecê-las antes, consulte o médico veterinário do seu pet sobre quando a troca por uma alimentação sênior deve ser realizada. Também é importante lembrarmos que os cães mais velhos possuem um metabolismo mais lento e normalmente se tornam menos ativos, necessitando de uma menor ingestão diária de calorias, um conjunto perfeito para levar o animal à obesidade caso os devidos cuidados com a alimentação e a prática de atividades físicas não forem tomados.

2 – Cuide da minha saúde.
É comum que cachorros apresentem problemas de saúde conforme a idade vá se tornando mais avançada. Doenças comuns em cães idosos são problemas no coração e rins; incontinência urinaria; alterações nos ossos e articulações como artrite, artrose e displasia; doenças periodontais; alterações na tiroide ou adrenal; diabetes e tumores. Muitas vezes a dor também pode estar presente na vida do seu animal, nesse caso fazer o controle da dor será essencial para que ele tenha qualidade de vida. Fique atento ao seu velhinho e o leve para um checkup veterinário a cada seis meses, realizando exames laboratoriais ao menos uma vez por ano. Assim, possíveis doenças podem ser identificadas precocemente e tratadas com maior sucesso.

3 – Mantenha minha rotina.
Envelhecer é um processo um tanto ingrato, a energia diminui, as dores e as doenças aparecem, a memória e agilidade não é a mesma e o animal vai se tornando menos receptivo às mudanças. Quando se tornam idosos, os peludos tem mais dificuldade em lidar com o estresse e coisas que poderiam não ser um problema antes, agora se tornam difíceis. É comum que os cães idosos sejam mais irritáveis, tenham mais dificuldade em aceitar novos pets na casa e tenham menos disposição para brincar. Ajude o seu amigo mantendo a rotina dele estável, fornecendo horários consistentes para passeio, alimentação, descanso, interação e brincadeiras com os tutores. Isso o ajudará a se sentir mais seguro e menos ansioso.

4 – Preste atenção se eu ficar muito esquecido e ansioso.
Embora algumas alterações comportamentais sejam normais e esperadas em animais idosos, é sempre preciso ficar atento para distinguir o que é um comportamento normal de um cachorro idoso e o que é um problema de saúde. Comportamentos como se perder pela casa; ter dificuldades de dormir a noite e dormir muito durante dia; errar o local do banheiro, fazendo as necessidades em locais inadequados; esquecer coisas que antes sabia fazer, como sentar ou deitar; se isolar das pessoas e animais da casa que antes apreciava a companhia; vaguear, andado de forma inquieta pela casa; e latir aparentemente sem objetivo, como que para o nada; são comportamentos que podem estar relacionados à disfunção cognitiva canina. Essa doença, muito parecida com o Alzheimer em humanos, ocorre devido às alterações neurodegenerativas da velhice. Infelizmente ainda não há cura, mas o tratamento precoce pode ajudar na melhora dos sinais e no retardo do desenvolvimento da doença.

5 – Preciso de exercício físico.
Exercícios físicos são importantes em qualquer idade, contudo quando o pet vai ficando mais velho e muitas vezes com menos energia surge o pensamento de que ele não precisa mais de passeios e exercícios. E é exatamente o contrário! Na velhice o cão precisa ser mais estimulado a se exercitar, pois naturalmente fica mais quieto. E esse exercício deve sempre ser realizado respeitando os limites do temperamento e da saúde do animal.
O exercício deve ocorrer de forma regular, constância é mais importante do que intensidade. Sendo assim, é melhor um passeio de 20 minutos que ocorre diariamente do que uma ida para o parque de 3 horas que só acontece no final de semana. Exercícios regulares podem ajudar a prevenir obesidade, manter a saúde muscular e óssea, além de estimular o sistema cardiovascular e promover o bem-estar (e olha só que coisa boa, isso acontece em humanos e animais!). Porém, não é só colocar a roupa de ginástica, pegar o seu velhinho e ir para o parque correr. Consulte o médico veterinário do seu pet sobre qual é o melhor tipo de exercício pra ele (e caso não esteja acostumado a praticar exercícios, lembre-se de consultar o seu médico também). Em geral, exercícios leves e de baixo impacto são os mais indicados para os bichinhos da melhor idade.

6 – Mais enriquecimento ambiental, por favor!
Uma ótima forma de promover exercícios físicos e cognitivos, muitas vezes até mesmo sem sair de casa, são os enriquecimentos ambientais. Eles promovem oportunidades pra que o pet exerça seus comportamentos naturais como, por exemplo, rasgar, roer, morder, cavar e buscar pelo alimento. Esses comportamentos fazem parte das necessidades etológicas do cão, mas muitas vezes não são tão bem aceitos quando praticados dentro do ambiente humano, o que faz fornecer meios adequados pra que eles aconteçam ainda mais importante.
Existem diversos brinquedos disponíveis no mercado que podem te ajudar com isso, dê preferencia aqueles que podem ser recheados com alimentos fazendo com que seu cachorro precise trabalhar para ter acesso à comida. Esses tipos de brinquedos, além de fornecerem oportunidade de exercer os comportamentos naturais da espécie, também ajudam a exercitar a cognição do seu melhor amigo. Se o seu cachorro não se interessar facilmente pelo brinquedo, não desista! Continue tentando, existem diferentes brinquedos e brincadeiras disponíveis para cães, procure qual ele gosta.

7 – Tenho mais frio.
Como possuem um metabolismo mais lento e em alguns casos uma pelagem menos densa, os velhinhos costumam ter mais frio do que os cães adultos e tem mais dificuldade de manter a temperatura corporal. E é por esse motivo que os cães idosos vão precisar ter sempre um local quentinho para se abrigar, além de também poder ser necessário o uso roupas que os ajude a se manterem aquecidos.

8 – Adapte o meu ambiente.
Calos de apoio e problemas osteoarticulares são comuns em cachorros da terceira idade. É também nessa época que eles costumam dormir mais e passar mais tempo deitados, fornecer uma cama macia e quentinha trará mais conforto e bem-estar para o seu pet. Além disso, outras alterações no ambiente podem facilitar a vida do seu peludo, algumas delas são:
• Prover rampas ou pequenas escadas para pets para facilitar o acesso a lugares altos onde ele já não consegue mais pular, como no sofá, na cama ou no carro.
• Levar ele no colo ou adaptar uma rampa onde existem escadas de degraus altos.
• Usar comedouros e bebedouros elevados para que o animal fique mais confortável enquanto come e bebe.
• Usar aromas diferentes para identificar diferentes cômodos da casa quando o dog já possui alterações na visão. O cheiro pode ser aplicado através de poucas gotinhas de essência no ambiente, difusores, ou sachês perfumados. Cuidado para não aplicar muito ou usar perfumes fortes, lembre-se de que o olfato do seu amigo é muito mais sensível do que o seu.