8 COISAS QUE SEU GATO IDOSO GOSTARIA DE LHE DIZER

Com o avanço da medicina veterinária e da prática da posse responsável é cada vez mais comuns vermos felinos idosos nos lares brasileiros. Seu gato pode ser considerado idoso, em média, a partir dos 10 anos de idade, e será nessa época da vida dele que cuidados especiais deverão ser tomados. Por isso, listamos 8 dicas importantes na manutenção da felicidade e saúde do seu bichano idoso. Se pudesse falar, essas seriam coisas que ele gostaria de lhe dizer!

 

1-Cuide da minha alimentação.

Os gatos idosos precisam de uma alimentação especialmente balanceada segundo as suas necessidades nutricionais. Em geral, as rações comerciais para animais mais velhos são encontradas nas faixas etárias de 7 a 12 anos, ou de mais de 10 anos, ou de mais de 12 anos. É importante consultar o veterinário do seu pet sobre qual é a ração mais adequada para ele. Ainda porque, caso o seu felino possua alguma doença crônica, como doenças hepáticas, renais, intestinais, cardiológicas ou alérgicas, ele irá precisar de uma alimentação especial como parte de seu tratamento. O mesmo é verdade para aqueles gatinhos que recebem alimentação natural. Eles também devem ter as suas dietas formuladas segundo a faixa etária e condições de saúde. Busque um veterinário especialista em nutrição para auxiliar na formulação da dieta natural do seu pet idoso.

 

2- Cuide da minha saúde.

As visitas ao veterinário não devem ter frequência menor do que semestral e devem ser acompanhadas de exames complementares de sangue e imagem anuais. Além de servir para realizar a vacinação e vermifugação, essas visitas são importantes pois o felino é um especialista em esconder quando está doente e/ou com dor. Sabe porque eles fazem isso? Pois são presas e não podem demonstrar fraqueza, ou ficariam mais vulneráveis aos predadores. Por outro lado, também são predadores e territorialistas, não podendo demonstrar que estão doentes devido ao risco de perder o seu território, e consequentemente os recursos que existem nele, para outros predadores. Cabe ao tutor levar o pet no veterinário para que possa ser avaliado e possíveis doenças possam ser detectadas de forma precoce, auxiliando no sucesso do tratamento e evitando o sofrimento que infelizmente muitas vezes é silencioso nessa espécie.

 

3-Preste atenção no meu comportamento.

Alguns problemas de saúde se tornam mais comuns com a idade, entre eles estão o hipertireoidismo, a doença renal, as doenças osteoarticulares, o declínio das funções imunológicas e da capacidade cognitiva e sensorial. Os primeiros sinais percebidos pelos tutores serão sutis alterações no comportamento do felino. Como falamos antes, gatos são peritos em esconder quando ficam doentes. Por isso, além de realizar check-up anuais no clínico veterinário de sua confiança, preste sempre atenção no comportamento do seu amigo peludo.

 

4- Envelhecer pode ser estressante.

Embora algumas alterações, como as ortopédicas, cognitivas e sensoriais sejam comuns em animais idosos, isso não significa que não exista tratamento para o controle e/ou retardo delas. Tratamentos para o controle da dor também podem ajudar o gato idoso passando por essas transformações. E muitas vezes, a adaptação do pet à nova realidade terá um papel especial para a manutenção de um alto grau de bem-estar. Lidar com o declínio de suas funções físicas e cognitivas pode ser difícil para o seu bichinho, podendo deixá-lo mais ansioso e irritável. Contudo, é importante diferenciar as alterações comuns da velhice, daquelas que estão presentes na disfunção cognitiva, que é uma doença senil que atinge muitos felinos. Caso seu pet esteja apresentando alterações comportamentais como miar aparentemente sem motivo, trocar o dia pela noite, parecer perdido pela casa, errar o local das necessidades, ficar frequentemente ansioso e irritável, além de alterações em sua relação com a família, busque um veterinário comportamentalista para realizar o diagnóstico do que está acontecendo com o seu bichano, ele pode estar com disfunção cognitiva.

 

5- Ainda preciso brincar.

Gatos idosos podem ter menos energia pra brincar do que os filhotes e isso é normal e esperado. O que significa que é justamente no período da velhice, quando muitos tutores acabam não brincando tanto com os seus bichanos, que eles mais precisam dessa estimulação física e cognitiva. O exercício físico é benéfico para o organismo de diversas formas e auxilia num envelhecimento saudável, porém pode ser desafiador estimular os felinos da terceira idade a se movimentarem.  Será necessário achar o brinquedo ou a brincadeira certa para o seu gato. Promova novas e variadas oportunidades para simular o comportamento de caçar, explorar, buscar e escalar. Brinquedos interativos que liberam alimento são uma boa opção. Alguns felinos menos tímidos, quando corretamente ensinados, também podem curtir um passeio de peitoral e guia. O foco é fazer com que seu pet se exercite de forma divertida e prazerosa.  Use a sua criatividade, teste brinquedos e brincadeiras diferentes, mas promova o exercício físico e cognitivo tão necessário para o seu velhinho.

 

6- Facilite a minha vida, mas cuide com as mudanças.

Facilite o acesso aos recursos importantes para o seu animal. Formas de fazer isso são: colocar a água e comida em locais próximos ao chão e de fácil acesso, colocar rampas e escadas para subir em camas e sofás, usar caixas de areia com bordas baixas, providenciar áreas de descanso como tocas e camas próximas ao chão. Essas alterações no ambiente devem ocorrer gradualmente, para que o peludo tenha tempo para se adaptar a elas. Aguarde o seu gato começar a se familiarizar e a usar a primeira alteração no ambiente pra depois promover a próxima.

Manter uma rotina estruturada também é importante para o bem-estar do seu pet, pois auxilia que ele tenha controle do que ocorre em seu ambiente. Inconsistências na rotina podem causar estresse e consequências negativas para ao bem-estar e saúde do animal. Facilite o acesso aos recursos importantes para o seu felino, permitindo que ele exerça seus comportamentos naturais, porém faça isso de forma gradual e mantenha uma rotina dando a ele o controle de seu ambiente.

 

8- Respeite os meus bigodes brancos.

A pergunta que muitos tutores se fazem quando possuem um felino idoso que vai ficando mais quietinho é se devem adotar outro gato mais jovem para brincar com ele, e assim animá-lo. De forma geral a resposta é não. O filhote irá invadir o território do bichano mais velho, que muitas vezes terá dor e pouca paciência para as brincadeiras do novinho. Entretanto, em alguns casos a adição de um novo membro felino na família pode ser interessante. Antes de realizar a adoção ou compra de um outro pet procure um especialista em comportamento felino para lhe auxiliar a avaliar se essa é uma boa ideia e, caso seja, lhe guiar na introdução desse novo gato.

 

Gostou das dicas? Então vamos colocar em prática! Não se esqueça do seu velhinho. Ele pode ser mais pacato e menos brincalhão que um filhote, mas precisa do mesmo, ou até de mais amor e atenção que os mais jovens. Continue brincando, fazendo um carinho e enchendo de amor o seu amigo peludo da terceira idade.